quarta-feira, 16 de novembro de 2011

CRUA

CRUA Magazine

A realidade é crua, e por isso porque não dar uma dentada sushiana na vida?
Esta CRUA é tão deliciosa como bonita, e não menos belo é o que junta este bando de idiotas cheios de ideias e criatividade: vontade.

É com um enorme orgulho que digo que faço parte desta primeira edição, por isso se tiverem curiosidade dêem um olhada no "Antes do Silêncio".

http://cruamag.com

Curvo-me de louvor e agradecimento perante estes indivíduos de carne viva!
Obrigado!

domingo, 2 de outubro de 2011

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Quem somos nós?
Mora dentro de mim uma pessoa que não conheço.
O que quero dizer é: não sei.
É tão difícil não saber o que se quer.
Andar em frente sabe-se lá para onde.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

trinta minutos depois das oito.

E lá vai ela pela rua às 8h30m da manhã,a andar ao ritmo salutar das pessoas citadinas e da sua vida corriqueira. Nem sequer imaginam que vai no sentido contrário... engana bem, é verdade. Convenceria, até um olhar atento, que faz parte do quadro matinal. Ele corre no mesmo sentido, mas não exactamente na mesma direcção. Apesar de tudo, movimentam-se numa quase sincronia.
Fecha as janelas para escurecer o quarto e antes de fechar os olhos não resiste a ouvir um pouco da sua voz:
- Sinto-me uma puta do sistema. - diz ele.
Ela sorri, e sente-se feliz por o seu sentido de humor odioso lhe cair tão bem quase em todos os horários. Tenho quase a certeza que foi muito por isso que me apaixonei - pensou. Ele lá continua, a amaldioçar os transportes, a dor no estômago, a falta de tacto, o excessso de burocracia e as velhas que não o deixam pregar olho nem um minuto. Ela sorri, mais uma vez, tudo lhe soa a poesia.
Até amanhã, meu amor.

sábado, 24 de setembro de 2011

New York, I Love You

No universo mui vasto dos meus sonhos podemos encontra o sonho de viajar, de conhecer outros espaços, outras pessoas… as ditas culturas. De facto, a cultura, algo tão complexo, pode resumir-se a algo tão simples: consequência do espaço, do tempo e dos seus intervenientes. Claro que esta é uma definição muito pouco certa e nada científica... verdadeiramente nem é uma definição. É nada mais que o meu desejo ao conhecer um lugar novo: conseguir sentir a sua essência.
Este é um filme que me preenche muitos dos sonhos. Não é só de um filme que falamos, falamos de um projecto que reúne várias histórias, escritas e realizadas por pessoas diferentes, todas elas inspiradas na inebriante cidade de Nova Iorque.
Esta partilha tem como resultado uma perspectiva muito interessante da cidade. Mas o que vejo de mais interessante, chega a ser a incrível malha de ligações entre as pessoas que nela vivem. A maravilhosa maneira como se encontram e... vivem esse momento.
Para mim, esse episódio de tempo que jamais volta, é muito querido. Acredito que o grande interesse pela fotografia e pelo vídeo venha, exactamente, desse fascínio pelo momento... e da grande vontade em o tornar eterno.

Este filme faz-me acreditar na inteligência do caos. Na beleza do acaso. E na inevitável velocidade da vida.

Acerca de New York, I love You (2009)

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

O Estado Desagradável das Coisas |fragmento sétimo| 23|9|11

Cinco minutos no marquês e já vi mais de três pessoas empanadas. Quando a tristeza sai à rua até parece que o Inverno chega mais cedo.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

A liberdade é ter escolha.

Ela pensou que este seria o melhor ano da sua vida. Nunca tivera antes tanta liberdade de escolha!
A adolescência já se sabe como é: fazer a escola, fazer amigos, ir a festas, ficar muito deprimida, fechar-se no quarto, ter bandas preferidas… aprender o essencial para a vida.
Depois vem a faculdade e a ilusória sensação de que já se é adulto. Afinal já nem se vive em casa dos pais, faz-se quase tudo o que dá na gana e consequentemente… lá se acaba por sofrer as consequências disso. Durante esse tempo olha-se para o mundo, a pouco e pouco, de uma forma cada vez mais desperta. "Quem é que eu sou afinal? Quem vou ser?" Sempre as mesmas perguntas. Passo a passo lá se acerta em algumas coisas e também se tornam erradas tantas outras que se achavam certas. Sempre o mesmo processo. Acaba-se os estudos e começa-se a viver a vida de quem se sustenta. Ser adulto finalmente. Enfim… Mais uma vez se descobre que isso de ser adulto não quer dizer nada.
Trabalhou durante um tempo e agora decidiu que não é isso que quer para a vida. "Felizmente!"- pensa ela. Agora é livre para perceber que nem tudo é assim tão difícil como pintam. Pode "parar" durante algum tempo para pensar e fazer aquilo que gosta, ou que acha gosta. Experimentar. Ver no que dá. Uma benesse que não dura para sempre, como é óbvio. O peso da realidade acaba por se reflectir nas contas, nas burocracias, em tudo o que lhe é de responsabilidade. Mas, agora tem o seu tempo. E ao aperceber-se disso é feliz por ter essa quase liberdade.