quarta-feira, 14 de setembro de 2011

A liberdade é ter escolha.

Ela pensou que este seria o melhor ano da sua vida. Nunca tivera antes tanta liberdade de escolha!
A adolescência já se sabe como é: fazer a escola, fazer amigos, ir a festas, ficar muito deprimida, fechar-se no quarto, ter bandas preferidas… aprender o essencial para a vida.
Depois vem a faculdade e a ilusória sensação de que já se é adulto. Afinal já nem se vive em casa dos pais, faz-se quase tudo o que dá na gana e consequentemente… lá se acaba por sofrer as consequências disso. Durante esse tempo olha-se para o mundo, a pouco e pouco, de uma forma cada vez mais desperta. "Quem é que eu sou afinal? Quem vou ser?" Sempre as mesmas perguntas. Passo a passo lá se acerta em algumas coisas e também se tornam erradas tantas outras que se achavam certas. Sempre o mesmo processo. Acaba-se os estudos e começa-se a viver a vida de quem se sustenta. Ser adulto finalmente. Enfim… Mais uma vez se descobre que isso de ser adulto não quer dizer nada.
Trabalhou durante um tempo e agora decidiu que não é isso que quer para a vida. "Felizmente!"- pensa ela. Agora é livre para perceber que nem tudo é assim tão difícil como pintam. Pode "parar" durante algum tempo para pensar e fazer aquilo que gosta, ou que acha gosta. Experimentar. Ver no que dá. Uma benesse que não dura para sempre, como é óbvio. O peso da realidade acaba por se reflectir nas contas, nas burocracias, em tudo o que lhe é de responsabilidade. Mas, agora tem o seu tempo. E ao aperceber-se disso é feliz por ter essa quase liberdade.

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