quinta-feira, 8 de abril de 2010

A fruta perfeita.

Acordei de novo.

Errado.

Como posso acordar se ainda não consegui pregar olho um minuto que fosse?

“Sim.”

“Sim”, é apenas uma palavra. O casamento é SÓ uma cerimónia. Repete!

“Sim”, é apenas uma palavra. O casa… Não!

“Sim”, não é só uma palavra! “Sim”, são expectativas! Olhos a brilhar e criançinhas a correr descalças pela casa! “Sim”, são os quilos que eu vou engordar e as chatices com a família, as discussões sobre qual o tapete mais apropriado para a entrada… e qual será o plano reforma que mais se identifica com a NOSSA família? Cruzes!!! Casar é ir para velho!

E será que ela é realmente…

Ainda na segunda-feira o Tó veio cá com uma conversa… O Tó é divorciado de profissão. Apaixona-se tão rápido como o diabo esfrega um olho! Já teve mais relações “sérias” do que eu tive lâminas de barbear.

Enfim.

Ele diz que isto de conhecer a pessoa ideal é como ir ao supermercado. Se vamos sempre ao mesmo supermercado da esquina, nunca encontramos nada que nos surpreenda, e das duas uma: ou não compramos nada, ou contentamo-nos com a primeira coisa que nos aparece. Nas duas hipóteses o resultado é o mesmo: frustração. Por isso temos de ir a outros lados, a grandes superfícies... e outras esquinas! Para conhecer mais e assim ter mais possibilidades de encontrar algo melhor. Ora, às vezes podemos ter a sorte de a fruta perfeita estar logo ali ao lado da nossa porta, mas mesmo assim, ele defende que para o reconhecermos temos que provar e apalpar muita fruta antes!

É um génio o Tó, não é?

Fez-me pensar… Será que ela é a verdadeira manga sumarenta da minha vida? Ou apenas ainda não me lambuzei o suficiente para perceber que há algo melhor?


(Exercício de escrita criativa para romance.)

1 comentário:

Anónimo disse...

gostei (: