domingo, 14 de fevereiro de 2010

Derivar, derivar, divagar...

O texto que resultou do exercício de derivação na oficina de escrita criativa de ontem, no Performas.

Gritam no pânico ansioso do corpo que espera.
A boca gesticula o som
e das entranhas surge o vibrar do sangue quente.

O silêncio cala o derradeiro motivo.
A disforme satisfação cinge os membros à prostração.

Galopa ainda na cadência que cresce.
Aproxima o ser alado da lama morna
da terra arrefecida.

Os olhos tacteando a luz incandescente
encontram por fim o cheiro familiar
do corpo vivo que celebra a entrega.

A luz rasteja branca e fria
e vem repousar na carne e nos gestos.
Lentos.
Dançantes.
Sussuram o nascimento que os embala por baixo da pele.

3 comentários:

MI disse...

bom dia coisa boa :D

k bom ler este tipo de texto vindo de ti;) gostava tanto de poder estar la ctg...mas trab é trab, pelo menos enkanto durar!

saboreia ao maximo cd momento :D

bjao*

Pedro Jordão disse...

Andava por aí a interrogar-me sobre a oficina de escrita que programei, queria saber como andaria a correr. E vim aqui parar. Não estou nada desiludido. Agora vou continuar por aí, mas ansioso pelo resultado final.

Íris. disse...

Estamos todos ansiosos para ver o resultado final... mas queremos ver é isto chegar aos palcos! :)
Hummmm... vai ser lindo ser parte de algo assim!
Fico feliz por não desiludirmos... :)